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domingo, 22 de junho de 2014

Civilização maia


A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável por sua língua escrita (único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos. Inicialmente estabelecidas durante o período pré-clássico (1000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a se desenvolver durante todo o período pós-clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo.

A civilização maia compartilha muitas características com outras civilizações da Mesoamérica, devido ao alto grau de interação e difusão cultural que caracteriza a região . Avanços como a escrita, epigrafia e o calendário não se originaram com os maias; no entanto, sua civilização se desenvolveu plenamente. A influência dos maias pode ser detectada em países como Honduras, Guatemala, El Salvador e na região central do México, a mais de 1 000 km da área maia. . Muitas influências externas são encontrados na arte e arquitetura Maia, o que acredita-se ser resultado do intercâmbio comercial e cultural, em vez de conquista externa direta

Os povos maias nunca desapareceram, nem na época do declínio no período clássico, nem com a chegada dos conquistadores espanhóis e a subsequente colonização espanhola das Américas. Hoje, os maias e seus descendentes formam populações consideráveis em toda a área antiga maia e mantêm um conjunto distinto de tradições e crenças que são o resultado da fusão das ideologias pré-colombianas e pós-conquista (e estruturado pela aprovação quase total ao catolicismo romano). Muitas línguas maias continuam a ser faladas como línguas primárias ainda hoje; o Rabinal Achí, uma obra literária na língua achi, foi declarada uma obra-prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 2005.

segunda-feira, 9 de junho de 2014



Os persas são um povo iraniano que vivia principalmente no Irã, com comunidades de expatriados que habitavam os países vizinhos e os estados árabes do golfo Pérsico. Um número significativo de persas que viviam em comunidades de migrantes na América do Norte e da Europa. Os persas se caracterizavam tipicamente pelo seu uso do idioma persa e de uma cultura e história própria.

A identidade persa - pelo menos em termos linguísticos - remonta aos arianos indo-europeus, que teriam chegado a partes do Grande Irã por volta de 2000 - 1500 a.C.. Ao redor de 550 a.C., a partir da província de Fars, no Irã, os antigos persas espalharam sua língua e cultura a outras partes do planalto iraniano através da conquista, bem como assimilaram os povos iranianos e não-iranianos locais ao longo do tempo. Este processo de assimilação continuou diante das invasões dos gregos, árabes, mongóis e turcomanos, e perdurou ao longo dos tempos islâmicos.

Diversos dialetos e identidades regionais emergiram com o tempo, enquanto uma orientação distintamente persa se manifestou integralmente no Irã e no Afeganistão no século XX, espelhando desenvolvimentos paralelos que haviam ocorrido na Turquia pós-otomana (Revolução dos Jovens Turcos), no Mundo Árabe (nacionalismo árabe) e na Europa. Com a desintegração dos últimos impérios persas das dinastias Afshárida e Qajar, o Afeganistão, juntamente com os territórios do Cáucaso (Azerbaijão), e da Ásia Central (Tajiquistão) tornaram-se independentes do Irã ou foram incorporados ao Império Russo.

Os povos persas formam um conjunto eclético de grupos que tem a língua persa como principal legado em comum. Diversas populações da Ásia Central, como os hazaras, apresentam traços de ancestralidade mongol, enquanto os persas ao longo da fronteira com o Iraque têm ligações com a cultura xiita árabe daquele país. Dialetos regionais falados pelos tajiques no Afeganistão mostram afinidades antigas com os dialetos falados no Corassão e no Tabaristão. Como o persa foi por muito tempo a lingua franca do planalto iraniano (as terras altas entre o Iraque e os vales do rio Indo), ele passou a ser usado por diversos grupos como um segundo idioma, incluindo pelos grupos turcomanos e árabes que habitavam a região. Enquanto a maioria dos persas no Irã aderem ao islamismo xiita, os persas que habitam o leste permanecem sunitas. Pequenos grupos de persas continuam a seguir a fé pré-islâmica do zoroastrismo, no Irã, bem como no Paquistão e na Índia (os parsis), onde o uso do idioma persa permanece sendo utilizado para propósitos litúrgicos.

Enquanto a categorização de um grupo étnico 'persa' permanece utilizada entre estudiosos ocidentais, os pontos de vista locais se inclinam para a descrição dos persas como um grupo pan-nacional, frequentemente composto por povos regionais que raramente se referem a si mesmos como 'persas', e utilizam-se ocasionalmente do termo 'iraniano'. O uso quase sinônimo de iraniano e persa persistiu ao longo dos séculos, apesar dos significados variados do primeiro termo, que inclui idiomas e grupos étnicos diferentes, ainda que aparentados.

sábado, 17 de maio de 2014

                                                                        Os mongóis


Os mongóis (mongol: Monggol.svg Mongγol; alfabeto cirílico: Монгол; mongol) formam um grupo étnico que habita as estepes da Ásia Central. Sua existência é documentada desde o século VIII. Os mongóis formaram sociedades complexas na Idade Média, especialmente no Império Mongol e, depois, sob Tamerlão. A partir do século XVI, os mongóis passaram a adotar o budismo tibetano e foram subjugados à Dinastia Qing chinesa. Com o colapso dessa dinastia, no século XX, o estado soberano da Mongólia foi criado. Os mongóis vivem também na província chinesa da Mongólia Interior e no sul da Rússia.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Os bretões





Os bretões (Breizhiz, Bretoned) são os integrantes de um grupo étnico que habita a região da Bretanha, na França. Sua origem vem dos grupos de falantes do britônico que colonizaram a área, vindos do sudoeste da Grã-Bretanha em duas ondas migratórias ocorridas do século IV ao VI. O idioma tradicionalmente falado por eles é o bretão (Breizh), falado por aproximadamente 365.000 pessoas, dos quais 240.000 o falam com fluência, numa população total de 4.365.600 habitantes (janeiro de 2007) na região. O bretão é parente próximo dos dois outros idiomas britônicos existentes, o córnico (mais próximo) e o galês (mais distante). A região da Bretanha recebeu o nome em sua homenagem, e seu povo é considerado uma das seis nações célticas (outra minoria linguística também existe na Bretanha, os falantes do galó).

segunda-feira, 17 de março de 2014

Átila


Átila, o Huno (406 – 453), também conhecido como Praga de Deus ou Flagelo de Deus, foi o último e mais poderoso rei dos hunos. Governou o maior império europeu de seu tempo desde 434 até sua morte. Suas possessões se estendiam da Europa Central até o mar Negro, e desde o Danúbio até o Báltico. Durante seu reinado foi um dos maiores inimigos dos impérios romanos Oriental e Ocidental: invadiu duas vezes os Bálcãs, esteve a ponto de tomar a cidade de Roma e chegou a sitiar Constantinopla na segunda ocasião. Marchou através da França até chegar a Orleães, antes que o obrigassem a retroceder na batalha dos Campos Cataláunicos (Châlons-sur-Marne) e, em 452, conseguiu fazer o imperador Valentiniano III fugir de sua capital, Ravena.

Ainda que seu império tenha morrido com ele e não tenha deixado nenhuma herança notável, tornou-se uma figura lendária da história da Europa. Em grande parte da Europa Ocidental é lembrado como o paradigma da crueldade e da rapina. Alguns historiadores, por outro lado, retrataram-no como um rei grande e nobre, e três sagas escandinavas o incluem entre seus personagens principais.

sábado, 17 de agosto de 2013

Mitologia viking



Mitologia nórdica, também chamada de mitologia germânica, mitologia viking ou mitologia escandinava, é o nome dado ao conjunto de religiões, crenças e lendas pré-cristãs dos povos escandinavos, incluindo aqueles que se estabeleceram na Islândia, onde a maioria das fontes escritas para a mitologia nórdica foram construídas. Esta é a versão mais bem conhecida da mitologia comum germânica antiga, que inclui também relações próximas com a mitologia anglo-saxônica. Por sua vez, a mitologia germânica evoluiu a partir da antiga mitologia indo-europeia.
A mitologia nórdica é uma coleção de crenças e histórias compartilhadas por tribos do norte da Germânia (atual Alemanha), sendo que sua estrutura não designa uma religião no sentido comum da palavra, pois não havia nenhuma reivindicação de escrituras que fossem inspirados por algum ser divino. A mitologia foi transmitida oralmente principalmente durante a Era Viking, e o atual conhecimento sobre ela é baseado especialmente nos Eddas e outros textos medievais escritos pouco depois da cristianização.
No folclore escandinavo estas crenças permaneceram por mais tempo, e em áreas rurais algumas tradições são mantidas até hoje, recentemente revividas ou reinventadas e conhecidas como Ásatrú ou Odinismo. A mitologia remanesce também como uma inspiração na literatura, assim como no teatro, na música e no cinema.
A família é o centro da comunidade, podendo ser estreitamente relacionada com a fertilidade-fecundidade quanto com a agressividade de um povo hostil e habituado a guerras, em uma sociedade totalmente rural que visa a prosperidade e a paz para si. Deste modo, a religião é muito mais baseada no culto do que no dogmatismo ou na metafísica, uma religiosidade baseada em atos, gestos e ritos significativos, muitas vezes girando em torno de festividades a certos deuses, como Odin e Tîwaz (identificado por alguns estudiosos como predecessor de Odin).
Pode-se dizer que a religião viking não existia sem um ritual e abordava exclusivamente o culto aos ancestrais; era uma religião que ignorava o suicídio, o desespero, a revolta e mais do que tudo, a dúvida e o absurdo. Segundo alguns autores, era "uma religião da vida".

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Os vikings




Os vikings são uma antiga civilização originária da região da Escandinávia, que nos dias atuais compreende o território de três países europeus: a Suécia, a Dinamarca e a Noruega. Também conhecidos como nórdicos ou normandos, eles constituíram uma rica cultura que se desenvolveu devido à atividade agrícola, o artesanato e um notável comércio marítimo.

A vida dos vikings voltada basicamente para os mares também colaborou para que a pirataria se tornasse outra importante atividade econômica destes povos. Em várias invasões realizadas pela Europa Continental, os vikings saquearam e conquistaram terras, especialmente na região da Bretanha, que hoje abriga do Reino Unido. O apogeu da civilização viking ocorreu entre os séculos VIII e XI.

A invasão à Bretanha ocorreu no final  do século VIII. No ano de 865, um potente exército de vikings dinamarqueses deu início a uma guerra que teve como resultado a conquista de grande parte das terras britânicas. Em razão disso, ocorreu à consolidação do Danelaw, um extenso território viking que incluía as regiões Centro-norte e Leste da Bretanha. Neste mesmo período, os vikings prosseguiram com a expansão por terras escocesas.

A principal autoridade política entre os vikings era o rei. Em seguida, vinham  os condes e chefes tribais que por sua vez também desfrutavam de grande prestígio e poder de comando entre a população. O poder de decisão entre os vikings contava com a presença deles que, reunidos, debatiam a elaboração de suas leis próprias e as punições a serem aplicadas contra os criminosos.

Na área religiosa, aos vikings é atribuída rica mitologia povoada por vários deuses sempre adorados nos eventos coletivos. Várias histórias envolvem a luta entre os deuses nórdicos ou o embate entre as divindades e os gigantes. Odin por exemplo,  era adorado como “o Deus dos deuses”. Thor era a divindade mais popular,  tinha poder sobre os céus e protegia os vikings. Porém, ao longo da Idade Média, diante do processo de cristianização da Europa, os vikings foram lentamente convertidos a essa religião. Por fim, a dissolução da cultura viking ocorreu entre os séculos XI e XII.

Diante de inúmeros conflitos contra os nobres da Normandia e os ingleses acaba-se por estabelecer o fim desta civilização, entretanto, ainda se encontra presente em algumas manifestações da cultura europeia.